Notícias

Publicado em 03/08/2017
Compartilhe:

Governo admite votar reforma tributária antes da Previdência

Fonte: Jornal Extra

Foto: Alexssandro Loyola

antonio-imbassahy-foto-Alexssandro-Loyola

 

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, que retornou ao mandato de deputado para votar a favor do presidente Michel Temer, afirmou que o governo admite votar a reforma tributária antes da que trata da Previdência Social. A inversão ocorreria porque seria possível fazer as mudanças no sistema de impostos e contribuições sem precisar alterar a Constituição e, portanto, com uma necessidade menor de apoio. Imbassahy avalia que o resultado da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer vai interferir nas decisões do governo sobre o calendário de votações.

— O placar, com os votos a favor e as abstenções, vão dizer qual a margem de manobra e vamos fazer essa contabilidade com calma — afirmou o ministro.

A avaliação é que parte das mudanças poderia ser feito por lei complementar, o que exigiria 257 votos, enquanto que a reforma da Previdência é alteração na Constituição, exigindo 308 votos. Ele afirma ainda que as resistências a alterações relativas ao tributo geraria menos resistência.

— A tributária, então, pode passar à frente, enquanto que a Previdência podemos ter de fazer ainda alguns arranjos — afirmou o ministro.

— A tributária é uma reforma estruturante que é esperada, aguardada. A reforma tributária todo mundo quer, enquanto que a Previdência tem partes que saem perdendo — complementou.

Imbassahy disse que uma eventual mudança na ordem não significa que o governo desistiria da mudança na Previdência. Ele ressaltou que o contingenciamento que o governo foi obrigado a fazer e o aumento de impostos mostram a necessidade da mudança nas aposentadorias e pensões.

— A Previdência é ainda mais prioridade e os cortes agora, o contingenciamento que houve, isso é muito decorrente do rombo da Previdência. Ou fazemos a reforma previdenciária com o sistema instituído, com Congresso e Executivo funcionando normalmente ou vai ser feita na base do improviso, como ocorreu em muitos países - disse o ministro, reiterando ser "inadiável" fazer a mudança na Previdência.