Texto: Weverton Campos
Foto: Reprodução/Record News ES
Por meio do seu presidente, Carlos Heugênio Duarte Camisão, o Sindifiscal (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Espírito Santo) cobrou do Estado maior atenção para o combate à sonegação fiscal em reportagem veiculada pelo programa Link ES, da Record News. Segundo levantamento realizado pela entidade, com base nas últimas operações deflagradas pela Receita Estadual, o volume de sonegação chega a R$ 5 bilhões no território capixaba, sendo mais perceptível em setores produtivos como o café.
"O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do país, com [uma produção] em torno de 13 milhões de sacas. Para vocês terem uma ideia, seis milhões de sacas desaparecem da visão da negociação. Isto é, não se conhece a operação de quase 50% do nosso café", declarou Carlos Heugênio, que ocupou por dois anos o cargo de gerente de Fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
Apesar das últimas nomeações, o Espírito Santo ainda possui uma defasagem de cerca de 250 auditores fiscais, o que também foi lembrado pelo presidente do Sindifiscal na reportagem. "O [baixo] número de auditores prejudica o trabalho de fiscalização. Se o Estado não tomar uma decisão política de se preocupar com a receita, além de se preocupar com a despesa, e preencher os cargos vagos de auditores para que a gente possa dar uma resposta à altura que a sociedade precisa, vamos estar caminhando para a destruição do Estado", alerta Camisão.
A população pode ajudar a inibir a sonegação, pedindo a nota fiscal sempre que adquirir produtos e serviços. "Agindo dessa forma ele [o cidadão] está agindo a seu favor, porque está garantindo que os recursos entrem no caixa do Estado. E tem que saber cobrar do Estado e dos governantes. A partir do momento em que ele faz esse esforço cívico de pedir a nota, ele também, por cidadania, tem que cobrar aos governantes o retorno desse dinheiro em benefícios", finalizou.
Confira abaixo a reportagem completa: