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Publicado em 27/04/2018
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Cúpula da CBF passa a ser investigada na Justiça do Rio por sonegação fiscal

Texto: Daniel Gullino/O Globo
Foto: Divulgação/CBF

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), desmembrou na quinta-feira (26) um inquérito que investiga dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Foi enviada para a Justiça Federal do Rio de Janeiro a parte da investigação que envolve os três últimos presidentes da entidade — Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero —, entre outros dirigentes.

Eles são suspeitos de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas, estelionato e falsidade ideológica.

Apenas o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), vice-presidente da CBF, continuará sendo investigado no STF, porque tem foro privilegiado por ser parlamentar. O desmembramento atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Nesta sexta-feira (27), a Fifa anunciou o banimento de Del Nero de todas de todas as atividades relacionadas ao futebol. O Comitê de Ética da entidade considerou que o cartola violou os artigos do Código de Ética que tratam de suborno e corrupção, oferecer ou aceitar presentes ou outros benefícios, conflitos de interesse, lealdade e regras gerais de conduta.

Os outros investigados no inquérito que foi enviado para o Rio são Gustavo Dantas Feijó, vice-presidente da CBF; Carlos Eugenio Lopes, diretor jurídico; Antônio Osório Lopes da Costa, ex-diretor financeiro; e os empresários José Hawilla e Kleber Leite.

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O inquérito foi aberto pela Polícia Federal do Rio de Janeiro em abril do ano passado e tramativa na 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro, mas foi enviado para o STF por envolver um deputado federal.

Raquel Dodge, contudo, alegou que apenas Marcus Vicente deveria ser investigado na Corte. Celso de Mello concordou com a argumentação e determinou que o resto da investigação volte para a 5ª Vara.

A investigação foi aberta a partir do relatório alternativo da CPI do Futebol, elaborado em 2016 pelos senadores Romário (Podemos-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).